A Campanha Salarial 21/22 dos Metroviários da CCR Metrô Bahia chega ao fim, depois do resultado final das Assembleias Gerais Extraordinárias, realizadas no período de 18 a 24 de maio de 2021, por meio virtual, em virtude da pandemia da COVID-19.
A participação de 1.052 trabalhadores (as) na votação da proposta, com 95,5% de aprovação da proposta apresentada (correspondente a 1.005 votos), e, com 87,7% de votos contra a greve (referente a 923 votos), reflete o bom combate feito pela categoria, que se mostrou efetiva sobre as tratativas do processo negocial.
Esses números vieram após a última proposta, discutida através da Mediação do Tribunal Regional do Trabalho da 5º Região.
Para não esquecer, este ano as negociações começaram, por parte da empresa, de forma completamente diferente das já realizadas em anos anteriores, causando um mal-estar e dificultando o diálogo com a entidade sindical. O que culminou numa proposta ridícula, que foi rejeitada de imediato pelos trabalhadores, inclusive aprovando a greve.
O passo patronal seguinte foi fazer uma consulta aos trabalhadores, apresentando alternativas à proposta rejeitada, que resultou com a maior quantidade de votos no pacote 1, segundo a companhia.
A direção do SINDIFERRO, que sempre honra a palavra e respeita a decisão dos Metroviários, assim, solicitou mediação junto ao Ministério Público do Trabalho da 5ª Região, que tornou o nº 000649.2021.05.000/6, tendo como Titular de Ofício, a Procuradora Drª Rita de Cassia dos Santos Souza Mantovaneli. Na oportunidade, a empresa se manifestou dizendo não ter interesse na mediação, razão do arquivamento do procedimento em 26/04/21.
Restou cumprir o que havia sido decidido. O SINDIFERRO, então, pediu mediação junto a Justiça do Trabalho, no Tribuna Regional do Trabalho, fazendo com que a empresa aceitasse e depois desencadeasse numa proposta que foi aprovada pela maioria esmagadora dos empregados.
Feito esse histórico pequeno, mas, de profunda reflexão para a compreensão de como agem os patrões, serve de lição para a classe trabalhadora se apoiar ainda mais com o seu Sindicato, que é classista, autônomo, combativo, de base e democrático.