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BNDES aprova financiamento de R$ 6,2 bi para expansão da Vale

 

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 6,2 bilhões para a Vale. Os recursos serão destinados a investimentos. Parte da verba, R$ 37,8 bilhões, será usado em melhorias no Complexo de Carajás (PA) e na Capacitação Logística Norte. Os investimentos vão gerar 30 mil empregos diretos no pico das obras.

O projeto inclui a construção de uma unidade mineradora e de beneficiamento de minério de ferro, com capacidade para 90 milhões de toneladas por ano, e de um ramal ferroviário entre as cidades de Canãa dos Carajás e Parauapebas (PA), além da expansão da capacidade de transporte da Estrada de Ferro Carajás para 230 milhões de toneladas por ano.

O Banco também vai apoiar os investimentos sociais da empresa que excedam aqueles obrigatórios pelas condicionantes socioambientais exigidas por lei.

Projeto

O programa da Vale visa expandir a produção de minério de ferro e de sua rede de distribuição, com operação integrada mina-planta-ferrovia-porto. O início das das operações está previsto para 2016.

Ao todo, a companhia vai aplicar R$ 37,8 bilhões. Além do financiamento do BNDES, o projeto conta com R$ 1 bilhão em debêntures de infraestrutura emitidas pela Vale em janeiro de 2014, para compor as fontes de recursos da implantação do ramal ferroviário.

O projeto inclui a construção de uma unidade mineradora e de beneficiamento de minério de ferro, com capacidade para 90 milhões de toneladas por ano, e de um ramal ferroviário entre as cidades de Canãa dos Carajás e Parauapebas (PA). Também será realizada a expansão da capacidade de transporte da Estrada de Ferro Carajás para 230 milhões de toneladas por ano.

Inovação

A Vale vai iniciar a exploração das reservas de Serra Sul – uma das três regiões que compõe o Sistema Norte de mineração, em Carajás – juntamente com as reservas de Serra Norte e Serra Leste.

O Sistema Norte, que contém um dos maiores depósitos de minério de ferro do mundo, produziu 115 milhões de toneladas em 2013, de alta qualidade, alto teor de ferro e baixa concentração de impurezas.

Para a operação da mina será usado o sistema Truckless, que consiste na eliminação do uso de caminhões e sua substituição por sistemas de correias integradas para o transporte do minério.

A iniciativa garante um processo mais sustentável, pois diminui a quantidade de resíduos (pneus, filtros, lubrificantes), reduz em cerca de 77% o consumo de diesel e permite a instalação de uma usina de beneficiamento em uma região de pastagem — ou seja, fora da área da floresta.

Na usina, o componente de inovação está no processo de beneficiamento a seco, que utilizará a umidade natural para peneirar o material, eliminando a necessidade de barragem de rejeitos, usual em projetos convencionais. Essa tecnologia reduzirá em 93% o consumo de água, em relação ao processo de beneficiamento úmido, e o consumo de energia.

Logística

O projeto de infraestrutura de transporte compreende a construção de um ramal ferroviário com 101 quilômetros de extensão e duplicação de 42 trechos da Estrada de Ferro Carajás.

A construção do ramal e a ampliação da capacidade da Estrada de Ferro Carajás – por onde o minério é transportado até o terminal marítimo de Ponta da Madeira, , em São Luís (MA) – são parte do projeto de expansão da capacidade de transporte do Complexo Logístico Norte. Após a conclusão das obras, a capacidade de transporte irá aumentar de 150 milhões de toneladas por ano para 230 milhões de toneladas por ano.

Investimentos sociais

O BNDES financiará R$ 30,7 milhões para investimentos voluntários da Vale em projetos sociais (aqueles não exigidos pela legislação ambiental), com foco em saúde e educação, além da geração de emprego e renda para a população local.

A iniciativa prevê impactos sociais positivos para a população local, dado o volume de investimentos e a geração de empregos envolvidos, e contemplará treinamento de mão-de-obra, capacitação de fornecedores locais e suporte a atividades sociais e econômicas independentes da área de mineração, com o objetivo de diversificar a economia da região.

Fonte: BNDES

 



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