A CUT completa 36 anos com desafios semelhantes aos que enfrentou na época da sua fundação. Os cenários político e econômico de 1983 e 2019 impõem organização, mobilização e estratégias de luta contra o desemprego e os ataques aos direitos da classe trabalhadora.
Em 1983, com o país imerso em grave recessão, taxas de desemprego batendo recordes históricos, arrochos salariais, ditadura militar e muita repressão e opressão, mais de cinco mil trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade fundaram a Central Única dos Trabalhadores, a CUT.
Em 2019, a CUT realiza seu 13º Congresso Nacional da CUT (Concut), enfrentando desemprego recorde e o maior ataque aos direitos sociais e trabalhistas já vistos na historia do Brasil. Desde que assumiu, há oito meses, o governo de extrema direita de Jair Bolsonaro (PSL), não anunciou uma única medida em benefício da classe trabalhadora. Tudo, até agora, beneficia empresários, em especial do agronegócio.
“A CUT surgiu porque sabíamos que os sindicatos são extremamente importantes na vida do trabalhador, da trabalhadora e da democracia, mas também sabíamos que tinha que ter uma entidade com capacidade para liderar a organização de todos os sindicatos do país em torno de uma mesma ideia. Só assim era possível dar mais força para a luta e a conquista dos trabalhadores. O desafio é semelhante 36 anos depois”, afirma o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Com Bolsonaro, a CUT tem um papel mais importante ainda, pois ele está promovendo um ataque feroz aos direitos conquistados com muita luta em todos esses anos, além dos ataques direcionados à organização sindical e à democracia, analisa Vagner.
“O governo de Bolsonaro não tem nenhum respeito com a história e a democracia do país, com os trabalhadores, com as trabalhadoras e muito menos com o movimento sindical brasileiro, responsável por inúmeras conquistas que melhoraram a vida de milhões de pessoas”, disse o presidente da CUT.
Fonte: CUT