O centro cultural itinerante projetado pela arquiteta Daniela Gutiérrez, conhecido como Trenzando, já está operando. Construído a partir de contêineres reciclados, a estrutura faz parte de uma estratégia de descentralização das instituições culturais do Chile, atuando de maneira ativa enquanto percorre as redes ferroviárias de norte à sul do país. Esta estrutura sobre trilhos permite alcançar as localidades mais remotas, levando produtos e actividades que promovem o desenvolvimento cultural e tecnológico, tais como oficinas, exposições, seminários, cursos de capacitação, laboratórios, espectáculos artísticos, oficinas de cinema, entre outros.
Trenzando é uma plataforma itinerante de apoio à ciência, arte e tecnologia, operando como um centro cultural móvel aonde diversos agentes culturais e científicos poderão trabalhar em distintas comunidades, promovendo a troca de experiências e a difusão do conhecimento, além de possibilitar processos participativos de desenvolvimento de novos projetos.
Descrição da equipe: O Chile conta com mais de 3.000 quilômetros de ferrovias que atualmente não são utilizadas. Esta é uma proposta concebida para reativar o importante patrimônio ferroviário nacional, aproveitando a infraestrutura existente e ainda em condição de uso e operação: 170 estações distribuídas ao longo de todo o país.
Utilizando contêineres como sua estrutura espacial e um trem como veículo de distribuição,
o projeto tem como objetivo criar um circuito nacional que fomenta a cooperação entre diferentes localidades, valorizando e promovendo a identidade local, suas memórias e o seu patrimônio. Além disso, acredita-se que esta estrutura possa colaborar com o resgate do patrimônio nacional, a troca e a difusão de conteúdos relacionados a arte, a ciência e a tecnologia.
O circuito é constituído a partir da rede ferroviária norte-sul, atualmente ativa para o transporte de carga, que comunica mais de 170 cidades do país.
O comboio é um dispositivo cultural itinerante construido a partir de cinco contêineres, incluindo leitos para acomodar até dez pessoas, banheiros, cozinha, escritório, oficina multiuso e espaços cênicos. O conjunto de vagões é transportado por uma locomotiva de trem de carga que os estaciona nas linhas suplementares das estações urbanas, onde são abertos para o público promovendo atividades culturais para a população local.
Desta forma é possível promover atividades que incentivam o desenvolvimento cultural e tecnológico, tais como oficinas, exposições, seminários, cursos de capacitação, laboratórios, espectáculos artísticos, oficinas de cinema, entre outros, além de fomentar o regate da memória local em mais de 150 cidades e povoados, em grande maioria rurais, que geralmente não possuem nenhum tipo de infraestrutura cultural. Com isso, é possível otimizar esta estrutura e garantir igualdade de condições para o desenvolvimento de atividades culturais em todas as localidades do país.
Fonte: Arch Daily