Dez entidades, entre elas o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-BA), o Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento da Bahia (IAB-BA) e a Associação Baiana de Engenharia de Segurança (Abese), assinam um documento intitulado “Contribuições à PPP do sistema metroviário Salvador–Lauro de Freitas”, que, como o próprio nome sugere, reúne sugestões para a Parceria Público-Privada que será responsável pela gestão do referido sistema de transporte. As entidades, insatisfeitas com a falta de um planejamento sistêmico e participativo para a construção do modal, acreditam na “necessidade de que o processo, daqui em diante, respeite e acolha as contribuições que estão sendo oferecidas pela sociedade civil”. No documento, elas apontam as vantagens da definição clara de uma entidade gestora do sistema de transporte para a Região Metropolitana de Salvador (RMS), a fim de garantir a integração, defesa dos interesses públicos e visão de demandas futuras. As entidades chamam atenção para pontos no edital do metrô e documentos relativos às melhorias de transporte na RMS que necessitam de esclarecimentos e detalhamento. Entre os pontos questionados, está a necessidade de inclusão do sistema ferroviário suburbano, do ferry boat e dos ascensores como elementos importantes na política de transporte público. Elas também apontam a necessidade de estudos detalhados sobre demandas, fluxos, uso do solo e outras medidas que podem ajudar um melhor planejamento do sistema de transporte da RMS. “Estas informações e instrumentos técnico-normativos, serão fundamentais, não somente para a empresa concessionária, mais também para a gestão urbana, como um todo, ou seja, para a entidade gestora. Necessitamos urgentemente estudos e ações de planejamento integrado de transporte e uso do solo, na cidade e na RMS, visando mitigar as viagens feitas atualmente por modos de transporte insustentáveis tais como, o automóvel e a motocicleta, criando demandas para o metrô”, dizem as entidades em nota.
Fonte: Bahia Notícias