Discussões oportunas em um momento em que a Federação dos Ferroviários da CUTe todo o movimento sindical precisam repensar o papel na sociedade e o relacionamento com a classe trabalhadora. Foi assim a Plenária Estatutária da FITF/CNTTL/CUT, realizada em 14 de dezembro, no CTL – Centro de Treinamento de Líderes, bairro de Itapuã, em Salvador-BA.
O evento contou com a presença de representantes dos Sindicatos Ferroviários da Bahia e Sergipe, Tubarão-SC, Central do Brasil-RJ, Conselheiro Lafaiete-MG, Piauí, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Paraíba, Maranhão e Alagoas.
Antes da Plenária Estatutária iniciar, o auditório do CTL foi palco para a Reunião do Conselho de Representantes.
Após o coordenador Jerônimo Netto usar a palavra e abrir oficialmente o evento, o Diretor Financeiro, Manoel Cunha, em cumprimento ao que rege o estatuto, fez uma apresentação minuciosa, utilizando slides, acerca da Prestação de Contas de janeiro a novembro, valendo pelo exercício 2018, que foi aprovada por unanimidade. Em seguida, os dirigentes sindicais deram consentimento legal a Previsão Orçamentária para 2019, bem como outras demandas de interesse da categoria.
Plenária Estatutária “Luis Inácio Lula da Silva”
A Plenária Estatutária da FITF/CNTTL/CUT 2018, que homenageou Luis Inácio “Lula” da Silva, teve um grupo atento e participativo, que viveu debates que versaram acerca de um governo, que se desenha um tanto quanto nocivo, com ideias de implementação de políticas de austeridade com retirada de direitos da classe trabalhadora e fim de políticas públicas importantes para a população, sobretudo a de poder aquisitivo baixo.
“Os desafios são muitos. A Federação sofreu esse ano, no quesito arrecadação, com o fim do imposto sindical. A CBTU corre sério risco de ser privatizada, assim como a VALEC. O movimento tem que se renovar. A nossa missão de agora em diante é deixar de ser um pouco sindicalista e passar a ser um militante político”, frisou Jerônimo Netto, coordenador Geral da FITF.
O diretor do Sindicato dos Ferroviários do Rio Grande do Norte, José Amaral, reconheceu o momento adverso, mas manteve a confiança em dias melhores: “temos que juntar forças e ir para o enfrentamento”.
Enquanto o coordenador do SINDIFERRO, Paulino Moura lembrou que o presidente eleito se organizou bem antes do pleito, através de igrejas e nas redes sociais, e que mais do que nunca as entidades sindicais têm que se organizar contra esse mal, José Cleófas, presidente do Sindicato dos Ferroviários da Paraíba lamentou o resultado da eleição presidencial, sobretudo na cidade em que nasceu, Campina Grande-PB, e disse acreditar que o novo governo fará de tudo para fragilizar o movimento sindical.
Manoel Raimundo, diretor do Sindicato de Alagoas sugeriu a criação de comissões para organizar um plano de ação dos trabalhadores.