Após manifesto da base aliada do governo contra os ajustes fiscais da Medida Provisória 665, o governo precisou pedir o adiamento da votação da MP no Senado. A MP, que seria votada quarta (20/05), modifica as regras para o pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial, aumentando de um para três meses o período de serviço que o trabalhador teria direito ao abono e este passaria a ser pago proporcionalmente ao número de meses trabalhados.
O recuo do governo se deu quando um grupo de 11 senadores da base aliada e da oposição anunciou que votaria contra a medida. Entre a base aliada manifestaram-se inclusive dois senadores do PT, Paulo Paim(RS) e Lidebergh Farias (RJ), partido da presidente Dilma Roussef. Os senadores querem ao menos o veto presidencial em relação ao abono salarial.
O adiamento da votação para a próxima terça-feira (26) dará ao governo um curto período para achar uma saída que evite a derrota da presidente, porém o prazo para a medida ser votada termina em 1º de junho.
A MP 664, que altera direitos previdenciários também deverá ser votada na próxima terça-feira (22).
Fonte: Revista Ferroviária