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100 MIL CORAÇÕES VERMELHOS NAS RUAS DE SALVADOR

Um dia que ficará marcado na história de lutas de mais de 100 mil corações vermelhos espalhados pelo centro de Salvador na tarde desta sexta-feira (18.03). A Praça do Campo Grande foi tomada por milhares de trabalhadores e trabalhadoras que ascenderam socialmente; não aceitam retrocessos e, por essa razão, decidiram sair às ruas e protagonizar mais um episódio do regime democrático na histórica da política brasileira.

Em um só refrão: “NÃO VAI TER GOLPE”, entidades do movimento sindical, social e popular, lideranças políticas de todo o estado e partidos de esquerda (PT, PC do B, PSOL, PCO e PDT), parlamentares e militantes, marcharam pelas ruas da capital baiana convictos de que ainda é do povo a escolha dos governantes; e continua sendo do povo a responsabilidade de defender o Estado de Direito Democrático.
Foi com esse sentimento que os protagonistas das grandes lutas democráticas do estado retornaram às ruas para promover um grandioso ato em defesa da democracia. “Alertar a sociedade como um todo sobre a tentativa desesperada da oposição de deflagrar um golpe contra a presidente da República Dilma Rousseff, manifestar a nossa solidariedade ao representante do povo, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e defender a democracia, foi um dos nossos papeis na tarde histórica de hoje. Espero que eles (oposição) entendam o recado e, partir de agora, consigam respeitar a voz das urnas”, comemorou o presidente CUTista Cedro Silva.
Bem como nas últimas eleições, a população baiana demonstrou durante o ato que continua confiando no projeto em curso idealizado e edificado pelo operário-presidente Lula e atualmente conduzido pela primeira mulher presidente da nação, Dilma Roussef.
O evento foi considerado pelos organizadores, pela mídia e pela própria oposição, um dos maiores atos desde o ano passado, a CUT Bahia em Parceria com a Frente Popular Brasil, centrais sindicais, partidos políticos de esquerda, sindicatos filiados cumpriu o seu papel e organizou a maior festa da democracia dos últimos tempos.
Um capítulo a parte entendido pela população como um ato em defesa da soberania popular. “Fui ao ato para defender o meu voto. Porque nunca tive medo da luta. Me uni as milhares de vozes que avançaram com os projetos sociais, vozes dos pobres, dos humildes, as vozes de milhares de Lulas espalhados por todo o país”, afirmou Elisângela Soares, estudante de Direito.
Os avanços sociais do atual governo foram amplamente pontuados durante o trajeto. “Foi neste governo que conseguimos estabelecer o canal de diálogo com os movimentos sociais. Foi neste governo; que jovens e mulheres negras tiveram a oportunidade de adentrar as universidades e conquistar mais e melhores direitos”, pontuou a diretora Executiva da Unisol Bahia, Magda de Almeida.
A possível retomada do Estado de Exceção vivido pelos brasileiros antes da conquista do Estado de Direito Democrático, foi a fala que permeou a maior parte dos discursos.  De acordo com os manifestantes, o ato cumpriu o papel de alertar a população de que já está em curso um movimento golpista, visando a derrubada do governo Dilma, a criminalização do PT, além da condenação do ex-presidente Lula. “A mídia ignorou o marco histórico do dia de hoje. Justamente neste dia, a mídia ignora os números expressivos, faz uma cobertura parcial dos dados e continua perseguindo o Lula. Todo o aparelho judiciário esta apodrecido, comprado… eles deixam claro que não adianta o clamor popular. Estamos vivendo numa ditadura fascista, controlada pela direita, pela mídia e pelo judiciário financiado pelo poder do capital”, declarou em tom indignado o educador Bruno de Almeida.
A visão do judiciário
Advogados baianos também estiveram presentes no ato e discorreram sobre pontos polêmicos que, segundo os juristas, estão sendo indiscriminadamente desrespeitados; com destaque para o desrespeito à presunção de inocência, ao direito de defesa, à garantia da imparcialidade da jurisdição, o desvirtuamento do uso da prisão provisória, o vazamento de informações seletivas e confidenciais, a execração pública dos réus. “Estamos vivendo um momento tenso no país, onde a prática de algumas irregularidades estão se tornando constantes, com vazamentos seletivos de escutas telefônicas, vazamentos também seletivos de deleções premiadas, prisões preventivas sendo feitas sem atender os critérios da lei. Tais irregularidades ferem e reprimem princípios constitucionais relevantes para a preservação daquilo que chamamos de Estado Democrático de Direito”, Luis Aragão, Advogado do Diretório Estadual do PT baiano.
De acordo com o presidente da CUT, Cedro Silva, o movimento em curso envolve setores conservadores da sociedade e sua representação no parlamento, em aliança com o poder judiciário, e é fortemente municiada pela propaganda sistemática e tendenciosa da grande mídia. “Não devemos permitir que o Estado de Exceção entre em vigor. Vivemos em uma República. A mídia golpista não irá manipular a população. As pessoas estão cansadas de serem enganadas pelo Congresso, estão com vergonha e decepcionadas com essa magistratura brasileira, estão preocupadas com o direcionamento da Policia Federal e revoltados com as emissoras de TV que manipulam as informações com o intuito de prejudicar um partido, a presidente e ao ex-presidente Lula e começa a ficar contra os episódios que estão pondo em risco todos os avanços sociais e todas as conquistas dos últimos 13 anos”, concluiu.
O ato foi promovido pela Frente Brasil Popular e foi encerrado na Praça Castro Alves por volta das 18 h. Entretanto, os manifestantes permaneceram nas ruas da capital baiana entoando palavras de ordem e enfatizando o coro utilizado desde as primeiras horas do dia “Não vai ter Golpe”.
O SINDIFERRO marcou presença na manifestação, através dos diretores: Antonio Eduardo, Manoel Cunha, Paulino Moura, Edvaldo Lisboa, Gilsemar Aymberê, Milton Ferreira, Gilson Correia, Gilberto Dantas e Pedro França.
Fonte: CUT Bahia


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