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Movimento Sindical precisa pegar o fim do Fator Previdenciário como bandeira nº 1, diz Paim

O senador gaúcho Paulo Paim (PT) foi o maior protagonista no encerramento do primeiro dia de atividades do Seminário Nacional do Sistema Confederativo, realizado nesta terça-feira com sucesso nas dependências da CNTC, em Brasília.

Falando abertamente para mais de 300 líderes sindicais brasileiros, sentado ao lado dos presidentes das confederações do FST, o ilustre convidado relatou parte da sua vida política, narrou às dificuldades para se aprovar um projeto no Congresso Nacional e motivou as entidades a traçar novas estratégias de lutas.

“Estou no parlamento, mas meu berço é o sindicalismo”, disse Paim.

Segundo o senador, o setor empresarial está muito bem articulado dentro do Congresso e nós representantes dos trabalhadores temos ficado a reboque.

“Faço das tripas ao coração para impedir retrocessos. Para não permitir que sejam aprovadas leis contra a classe trabalhadora, mas é uma luta árdua. Avanços são poucos”,comentou.

De acordo com ele, a tática do empresariado brasileiro é ocupar todos os assentos políticos possíveis e esferas do poder.

“Por isso, é necessário um esforço enorme dos sindicatos, federações e confederações para eleger candidatos efetivamente comprometidos com a gente”.

“O movimento sindical tem que pegar o projeto de lei que prevê a extinção do Fator Previdenciário como bandeira de luta número um. Temos que dar um tranco nesta história”,bradou Paim.

O palestrante considera o fator uma lei quase criminosa, que chega a ser caso de polícia.

“Vocês sindicalistas e trabalhadores precisam dizer aos deputados federais que se não votarem o fator previdenciário neste ano, nós não votaremos em vocês nas eleições”,aconselhou o senador da República.

Seguindo o exemplo do FST, Paim também se posicionou totalmente contra o projeto da terceirização nos empregos.

Para minimizar o drama vivido por milhões de aposentados e pensionistas, ele sugeriu a criação do Banco da Previdência Social, com administração tripartite para cuidar de todas as arrecadações, sem desonerações e que todo esse dinheiro fosse revertido exclusivamente aos inativos do INSS.

O presidente da Contrathu, Moacir Tesch, fez uma rápida intervenção para elogiar o trabalho pioneiro desenvolvido pela COBAP em prol da derrubada do fator previdenciário.

“O companheiro Warley foi o primeiro a levantar essa bandeira”, lembrou o sindicalista do setor hoteleiro.

Ao final do seu pronunciamento, Paulo Paim se emocionou ao dizer que gostaria de ter feito mais durante esses 28 anos de luta no Congresso Nacional. Ele não conteve as lágrimas e foi aplaudido de pé por todas as lideranças presentes no Seminário Confederativo.

 

Fonte: COBAP



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