A Vale anunciou nesta quarta-feira (18/09) que fez acordos para a venda de participação de 20% do capital da VLI para Mitsui & Co. e de 15,9% para o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS (FI-FGTS), que é administrado pela Caixa Econômica Federal, e está negociando com o consórcio liderado pela Brookfield Brasil Ltda, subsidiária da Brookfield Asset Management Inc., a venda de 26% de sua participação no capital da VLI, empresa de logística de carga geral da companhia.
O valor da venda para a Mitsui foi de R$ 1,509 bilhão e para o FI-FGTS de R$ 1,2 bilhão. O valor total das operações é R$ 2,709 bilhões e, deste montante, R$ 2 bilhões serão destinados ao aporte de capital na VLI, que emitirá novas ações que serão subscritas e integralizadas pela Mitsui e FI-FGTS. Ações integralizadas são as ações que foram pagas pelos acionistas e, se o valor nominal das ações não estiver totalmente pago, seu titular denomina-se subscritor, que se converterá em acionista mediante o pagamento correspondente. A partir daí, o acionista passa a ter direito a participação nos lucros, fiscalização da administração dos negócios, participar nas reuniões de assembleia, entre outros.
O aporte na VLI será usado no financiamento de parte do plano de investimentos da empresa – de R$ 9 bilhões entre 2013 e 2017. Atualmente, a VLI é responsável pelas operações da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e do trecho da Ferrovia Norte-Sul concedido para a Vale.
Segundo a Vale, o restante dos recursos, R$ 709 milhões, será pago pela Mitsui para a Vale em troca de ações da VLI detidas pela Vale. E com o fim da negociação com a Brookfield, deve ficar com cerca de 40% das ações e mantendo-se no controle da companhia.
Os termos e condições da negociação com a Brookfield ainda estão sendo discutidos e todas as transações ainda deverão ser aprovadas por órgãos governamentais, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
“A alienação de participação no capital da VLI é consistente com a estratégia da Vale de reduzir sua exposição a ativos considerados non-core, viabilizando simultaneamente a extração de valor não precificado em suas ações e diminuição significativa de dispêndios futuros de capital em investimentos nesses ativos. Tal estratégia é resultante do foco na disciplina na gestão do capital e na maximização de valor para os acionistas”, finaliza o comunicado da Vale.