Estamos dando início a mais uma Campanha Salarial da FCA/VALE – para ser preciso, a de número 16ª -, e a esperança continua, no sentido de que os trabalhadores possam reagir às constantes imposições patronais para colocar no Acordo Coletivo de Trabalho aquelas malditas e escandalosas Cláusulas que exploram a mão de obra.
EXPLORAÇÃO E DISCRIMINAÇÃO NA VIA PERMANENTE
Os trabalhadores que laboram na via permanente são atualmente os que estão submetidos a mais cruel exploração, mais parece uma atividade escravista. A FCA/VALE não tem nenhum respeito para com esses valorosos operários. Para se ter uma ideia, a empresa, até hoje, não paga o Adicional de Insalubridade e, o mais grave, se recusa a realizar a perícia para identificar, via Laudo Técnico, a atividade como insalubre. Dentro desse mesmo abuso estão as Cláusulas: 17. Horas Extras, que textualmente diz: “ 17.1 – Cada hora trabalhada em regime de hora-extra corresponderá a uma hora de folga”; e, 55. Deslocamento Via Permanente: “A FCA compromete-se a tratar como hora extra, o tempo superior a 30 (trinta) minutos, no retorno, contado do encerramento do trabalho, dentro dos limites da turma até o pátio, para os mantenedores da Via Permanente sujeito a constantes deslocamentos”.
E o infame processo de perseguição, para retirar direitos e escravizar o pessoal da via permanente, está materializado no fornecimento da Diária Operacional, que discrimina por função; Os alojamentos em que ficam não tem as mínimas condições de segurança, conforto e descanso, assim como, a falta de uniformes, contrariando as Normas Regulamentadoras nº 6,15, 21 e 24 da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho e o Acordo Coletivo de Trabalho.
PESSOAL ADMINISTRATIVO E TÉCNICO
Todos são empregados da empresa, exercem atividades essenciais para o bom desempenho e com o objetivo de alcançar as metas estabelecidas, no entanto, o pessoal administrativo e técnico recebe salários bem abaixo do que paga o mercado. Numa empresa do porte da FCA/VALE é inconcebível a prática de uma política salarial que não remunera devidamente esses profissionais, deixando-os à margem dos salários das grandes empresas e, pior, daquelas que compõem a hollding do grupo da VALE.
MAQUINISTAS
Não há limite para a FCA/VALE atingir seus objetivos: lucrar, lucrar e lucrar sempre. E aí a empresa não esta olhando como estão trabalhando os maquinistas; onde descansam, nos Dormitórios e Alojamentos; como fazem para atender suas necessidades fisiológicas em viagem; de que forma se alimentam; quais as condições das locomotivas que operam; as condições do trecho ferroviário por onde trafegam; o tempo em que ficam à disposição do trabalho.
Mesmo assim, a empresa os obriga a uma jornada de 08 horas, quando deveria ser de 06 horas, contrariando a legislação em vigor; Prontidão, Sobreaviso além da perseguição de alguns “fantoches” e “mambembes”.
A luta continua, para retirar essas Cláusulas que roubam dos trabalhadores os seus direitos; vamos conquistar também a Isonomia, a todos os empregados da FCA, dos benefícios e vantagens concedidas aos demais trabalhadores das empresas ferroviárias, controladas pela Companhia Vale do Rio Doce.