As ações ordinárias da Vale operam em alta desde o começo do pregão e o volume financeiro do papel disparou nesta tarde. Segundo fontes do mercado, o movimento se deve a uma nova venda de papéis pelo BNDES, que teria se desfeito de 40 milhões de ações da Vale, a R$ 63,62, via corretora Bradesco.
O banco Morgan Stanley foi o principal comprador, com uma ordem de 25 milhões de ações. Nas últimas semanas, os investidores estrangeiros têm mantido o interesse na bolsa brasileira, com entrada de mais de R$ 16 bilhões no mês até o dia 12.
No dia 3 de agosto, o BNDESPar, braço de participações acionárias do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vendeu na bolsa 135 milhões de ações da Vale totalizando R$ 8,1 bilhões. O BNDES ainda teria mais 119 milhões da Vale, de acordo com informações que circulam no mercado.
No pregão desta segunda-feira, por volta das 14h10, Vale ON entrou em leilão. Ao sair, às 15h04, o volume financeiro girado pelo papel chegou a R$ 4,197 bilhões. A ação subia 0,22%, a R$ 63,44, e o Ibovespa tinha valorização de 0,94%, aos 105.713 pontos.
Faltando duas horas para o fim do pregão, as ações da mineradora aceleraram os ganhos, subindo 1,17%, e saindo a R$ 64,00. O volume financeiro totaliza R$ 4,73 bilhões – a mais negociada do mercado à vista.
Os analistas do BTG afirmam que a ação deve continuar tendo bom desempenho mesmo após a venda do megalote de ações pelo BNDES. Acreditamos que haverá um alto nível de interesse pelas ações, principalmente por parte de investidores estrangeiros, o que é animador. Apesar da pressão de venda, a Vale deve continuar tendo um bom desempenho, em linha com os fundamentos e a dinâmica de lucros, que é tão forte como sempre, dizem, em nota.
Fonte: Valor Econômico