Em greve e sem receber os salários de abril e o Cartão Refeição/Alimentação de maio, os trabalhadores da Companhia de Transporte de Salvador (CTS), empresa responsável pelos trens do subúrbio, clamam por uma definição: quem é o seu verdadeiro patrão?
O desfecho positivo em favor dos funcionários da Companhia segue complicado, pois os governos municipal e estadual ficam no “jogo de empurra”, quanto à obrigação de realizar os pagamentos.
Em comunicado, a prefeitura se isenta do compromisso, afirmando que no dia 22 de abril, em acordo entre o Prefeito ACM Neto e o Governador Jaques Wagner, foi assinado um documento passando para o Governo toda a responsabilidade da empresa CTS. O Estado diz, que, só poderá se responsabilizar pela empresa CTS, quando a Câmara Municipal de Salvador aprovar a transferência do sistema ferroviário de passageiros. A Assembleia Legislativa da Bahia já sinalizou a favor do acordo. No fogo cruzado entre Estado e Município, seguem os trabalhadores, sem receber os seus proventos; e os 15 mil usuários diários, impossibilitados de andarem nos trens.
O SINDIFERRO – Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários e Metroviários da Bahia e Sergipe busca a sensibilidade do poder legislativo municipal para acelerar a votação do projeto de lei aprovando a ida da CTS para o controle do Governo do Estado.
Ação
Buscando resolver os transtornos dos trabalhadores, o SINDIFERRO – Sindicato dos Ferroviários e Metroviários da Bahia e Sergipe protocolizou, ontem (09), uma carta dirigida ao Dr. Pacífico Antonio Luz Alencar Rocha, Procurador-Chefe do Ministério Público do Trabalho da Bahia, denunciando todo o descaso.
Avaliação da greve
No final da tarde desta sexta-feira (10), os trabalhadores realizarão uma assembleia na Estação da Calçada para uma avaliação e rumos da greve.