A disparada da inflação em 2015 vem afetando de maneira diferenciada a população idosa. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) calcula mensalmente o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira idade (IPC-3i) com uma metodologia baseada no perfil de consumo dos idosos, que possuem pesos diferentes dos itens componentes da inflação geral do país.
Nos últimos 12 meses o IPC 3i acumulou uma alta de 10,21% superando a inflação geral do país que alcançou 9,65%, taxa calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).
Dentre os itens de maior peso nesta inflação dos idosos estão os planos e seguros de saúde, o consumo de energia e o condomínio residencial, além também dos alimentos in natura. No último trimestre, estes fatores tiveram aumento em torno de 3%, enquanto o preço dos condomínios chegou a atingir aumento de quase 20% no período der janeiro a setembro deste ano.
Os idosos, além de sofrerem com o baixo valor de seus proventos, com as perdas salariais históricas, com o crescente endividamento e o desamparo também sofrem com a inflação. E não há perspectiva de melhoria neste ano de 2015 e tampouco no ano de 2016.
A COBAP já participou de diversas reuniões com o Governo no sentido de definir o maior Índice de inflação que for divulgado para reajustar os rendimentos dos idosos, mas ainda não foi definida uma metodologia mais justa para medir a inflação dessa população que cresce ano após ano.
Fonte: COBAP