Não bastassem à morte do maquinista George Fagner em 2016 e os dois acidentes já em janeiro de 2017, mais uma ocorrência aconteceu na ferrovia baiana.
Desta vez, o descarrilamento foi no dia 08 de fevereiro, às 18h50min, em uma composição procedente de Cacimbas, com duas Locomotivas e 17 Vagões, que transportava Minério de Ferro. Sete vagões saíram do trilho. O incidente ocorreu no km 319+500, entre as Estações Ferroviárias de Santa Luz/BA e Queimadas/BA.
No dia 1º de fevereiro de 2017, o SINDIFERRO enviou uma correspondência a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, Carta nº 014/CG/SINDIFERRO/17, onde relatou e denunciou os acidentes ocorridos na malha ferroviária.
Para registrar o último ocorrido, a entidade sindical voltou a fazer denúncia junto ao órgão, acerca do estado gravíssimo que se encontram as ferrovias no Estado da Bahia, principalmente no trecho que liga as cidades de Alagoinhas/BA e Senhor do Bonfim/BA, palco dos acidentes ocorridos recentemente.
O sindicato não abrirá mão de cumprir o seu papel institucional, que é, em primeiro lugar, defender a vida dos trabalhadores que laboram nesses trechos, e, depois, a manutenção do transporte ferroviário de cargas no Estado da Bahia (o estado de Sergipe há mais de 10 anos não trafega trem de carga, mesmo com as constantes denúncias feitas pelo SINDIFERRO).
O SINDIFERRO se posiciona, afirmando que a Ferrovia Centro-Atlântica S/A (FCA/VLI) vem postergando de forma deliberada, a obrigatoriedade de fazer as devidas manutenções na via permanente e de realizar as devidas adaptações nas cabines das Locomotivas, tornando-as mais adequadas para uma condução dos maquinistas, com segurança, conforto e confiabilidade.
Em 2016, a empresa prometeu a reposição de 50 mil dormentes, mas sequer falou dos trilhos, que também estão podres e ultrapassados.
Os trabalhadores esperam que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) adote as providências garantidas pela legislação, fiscalizando, em caráter de urgência, os trechos ferroviários denunciados.