Nesta segunda, 8 de março, o SINDIFERRO parabeniza todas as mulheres, em especial as ferroviárias e metroviárias, por essa data importante e significativa.
São diversas as desigualdades existentes na sociedade brasileira. Uma das mais evidentes refere-se às relações de gênero, menos relacionada à questão econômica e mais ao ponto de vista cultural e social, constituindo, a partir daí, as representações sociais sobre a participação da mulher dentro de espaços variados, seja na família, na escola, igreja, nos movimentos sociais, enfim, na vida em sociedade. A verdade é que o espaço da mulher evoluiu consideravelmente, mas precisa de mais. Muito mais.
A pandemia chegou para mostrar a ferida crônica do que é ser mulher. A sociedade capitalista, que tem origem colonial, na exploração dos povos indígena e africano escravizados, até os dias de hoje, transcende nas mulheres, negros e indígenas. Esse grupo é o que detém piores empregos e salários. Além do que, eles são os que mais trabalham na informalidade. As mulheres pretas ainda estão abaixo deste índice, pois a maioria delas labora em trabalhos não remunerados, de forma doméstica.
É interessante compreender que esse dia simboliza as lutas das mulheres ao longo dos séculos contra a exploração no trabalho, a discriminação de gênero na sociedade e na opressão machista que facilmente chega à agressão moral e física. Isso, tanto no local de trabalho, como, não raramente, também em casa.
Lutar contra o machismo e patriarcado, é buscar espaço para falar e jamais se calar.
Diante da crise que o brasil vem enfrentando, muito por conta de uma péssima escolha presidencial, é momento em que o povo, em especial a mulher, deve despertar politicamente e dar seguimento na busca por inclusão, se é isso que ela espera para a vida.
Nesse 8 de março, aqui no Brasil, não devemos ter manifestações de movimentos sociais e feministas nas ruas, devido às restrições da pandemia do Novo Coronavírus, mas esse grito não pode deixar de ecoar nas ferramentas disponíveis, que são as redes sociais. A mulher tem que continuar clamando pelos seus direitos.
Que essas guerreiras sejam por todos os dias respeitadas, amadas e veneradas, como MÃE, AMIGA, COMPANHEIRA e ESPOSA.
História do 8 de março
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente bárbaro e desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).