Diante de uma realidade no Brasil, de mais de 1,8 milhões de crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, sendo submetidas ao trabalho infantil, teve início nesta segunda-feira (12) a campanha nacional pela erradicação desta forma de exploração, cujo foco é promover ações de comunicação para conscientizar a sociedade sobre a importância de combater este problema que afeta não só o Brasil, mas o mundo.
Formado com participação da CUT, o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador (FNPETI), que promove a campanha junto com o Ministério Público do Trabalho (MPT), Justiça do Trabalho e Organização Internacional do Trabalho (OIT), destaca que o trabalho infantil impede a plena concretização dos direitos das crianças e adolescentes.
O mote da campanha desse ano – “Proteger a infância é potencializar o futuro de crianças e adolescentes. Chega junto para acabar com o trabalho infantil” – propõe um chamado à sociedade para erradicar o trabalho infantil, observando que a proteção à infância é fundamental tanto para o enfrentamento do trabalho infantil, como para o desenvolvimento das potencialidades de crianças e adolescentes.
O trabalho infantil está diretamente ligado a um sistema estrutural que perpetua as desiguais sociais. Prova disso é que 66,1% das crianças nestas condições são pretos e pardos. Enquanto os meninos (66,4%) são os mais vulneráveis a essa violação, as meninas são forçadas ao trabalho doméstico.