A maioria dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros desalentados (pessoas deixaram de procurar emprego depois de muito tentar uma recolocação no mercado de trabalho sem conseguir) é de baixa renda, do sexo feminino e vive na Região Nordeste, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (22).
Dos 4,736 milhões em condição de desalento, em 2018, mais de 60% (2,869 milhões) vivem no Nordeste; 54,31% são do sexo feminino (contra 45,69% do masculino); e 40,6% tem o ensino fundamental incompleto.
Segundo o IBGE, o número de desalentados em 2018 foi 13,4% maior do que o registrado em 2017, quando foram registrados 4,17 milhões de brasileiros que nem saiam de casa para procurar emprego.
Entre as unidades da Federação, Alagoas (16,4%) e Maranhão (15,7%) tinham no ano passado as maiores taxas de desalento e Rio de Janeiro (1,1%) e Santa Catarina (0,8%), as menores. Mas os maiores contingentes de pessoas em situação de desalento foram encontrados na Bahia, com 820 mil pessoas, e Maranhão, com 492 mil.
Se considerado apenas o 4º trimestre de 2018, o contingente de desalentados aumentou 8,1% se comparado a igual período de 2017, quando 4,35 milhões de pessoas estavam desalentadas. O quarto semestre do ano passado também registrou os maiores contingentes de pessoas em desalento na Região Nordeste, a maioria na Bahia (804 mil pessoas) e no Maranhão (512 mil). Na média anual, o percentual cresceu 12,3% em relação a 2017.
Fonte: CUT