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Licitação do metrô está mantida; Gastos com ‘peças velhas’ já somam R$ 15 milhões, diz Rui Costa

Marcada para 19 deste mês, a licitação para a conclusão da linha 1 do metrô de Salvador (Bonocô até Estação Pirajá) e a construção da linha dois (Bonocô – Lauro de Freitas) está mantida e, conforme o planejamento, será feita na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A dúvida em relação à manutenção da data surgiu com a suspensão da Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (Louos), o que criou uma insegurança jurídica para futuros empreendimentos na capital baiana. Em entrevista ao Bahia Notícias, o chefe da Casa Civil do Estado, Rui Costa (PT), assegurou que qualquer decisão sobre a nova legislação passará pela adequação ao metrô. “Entendo que não existe nenhum impacto para o metrô com essa suspensão. O projeto ainda atende à lei que está em vigor atualmente, pois foi feito em 1999. E qualquer nova legislação não vai colocar em dúvida o sistema. Em qualquer lugar do país as novas leis priorizam o transporte coletivo e metroviário. Consultei o setor jurídico e deram o aval”, garantiu. A previsão é de que o contrato com a nova empresa, que terá até a Copa do Mundo para colocar o metrô em funcionamento entre as estações da Lapa e Pirajá, será em setembro. Na data, o grupo vencedor irá receber um relatório com tudo o que o governo gastará para reparar problemas das construtoras anteriores, que tiveram o contrato rompido.

Rui Costa revelou ao BN que as despesas com a troca de peças, só em equipamentos de segurança e “estruturas rodantes” nos vagões, já soma R$ 15 milhões, mas preferiu não estimar quanto o Estado terá que pagar para trocar todo o restante que “perdeu a garantia por falta de uso”. “Prefiro não chutar. Nem sei há quanto tempo a obra está parada, mas quando recebi o metrô, há três meses, determinei uma auditoria. Vamos fotografar o estado atual de tudo e trocar o que precisar, seja uma lâmpada ou consertar as infiltrações de água nos túneis. Vou levantar tudo e entregar um relatório ao Tribunal de Contas da União, para que ele cobre a devolução do dinheiro gasto pelas construtoras aos cofres públicos. Há peças que nunca foram usadas e não têm mais garantia do fabricante”, disse o secretário, que revelou outro problema: a necessidade de customização, ou seja, atualização de equipamentos e sistemas ultrapassados, o que trará novos custos. Rui Costa afirmou também que a rescisão dos contratos foi amigável. “As construtoras já vinham envolvidas há muito tempo em polêmicas em torno da obra e preferiram sair. Pediram para aceitar que a obra estivesse entregue, mas eu disse não. A rescisão foi amigável, mas sem o aceite”, pontuou. Nesta terça-feira (6), Rui Costa vai se reunir com o presidente do TCU, ministro Augusto Nardes, para “pedir que a construção seja tocada”, apesar das últimas irregularidades encontradas. “Fui eu mesmo quem pediu essa última vistoria. Vou solicitar a ele que autorize a continuação quando o contrato for assinado em setembro e o Estado vai arcar com os custos dos reparos. A obra não pode ficar parada mais 10, 15 ou 20 anos. Não posso esperar que o concessionário antigo faça o que não fez ou refaça. E se ele entrar na Justiça, o que tem direito de fazer? Vamos aguardar até quatro anos para um julgamento, enquanto o metrô fica parado?”, questionou.

Fonte: Bahia Notícias



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