Acaba de ser lançado, pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, o livro As Locomotivas a Vapor e as Ferrovias no Rio Grande do Sul (150 páginas – Edições Renascença/Edigal, 51 3334-4399), do advogado e ex-professor da Faculdade de Direito da PUCRS Ápio Cláudio Beltrão. O autor nasceu em Santa Maria, deu aulas até 2006, exerceu a atividade jurídica até 2011 e sempre foi apreciador incondicional da história das ferrovias e do desenvolvimento de suas tecnologias. Na obra, ele compartilha preciso e superior conhecimento do assunto, que provoca sensações e memórias marcantes em muitas pessoas, além de falar sobre meios de transporte e de locomoção.
No prólogo, o escritor faz questão de explicar: “Não sendo literato, sequer historiador, porém, um aposentado com formação jurídica, por que se abalançaria a enfrentar tema recheado de inúmeras questões técnicas e científicas, recomendáveis ao abalizado discernimento de um experimentado engenheiro de vias férreas? Há duas respostas. A resposta simples: porque é apaixonado por trens desde criança e, mal se conhecendo por gente, quis ser maquinista de locomotiva quando fosse grande. Mas há outra resposta, mais complexa: porque nasceu em Santa Maria, na época em que esta era conhecida como cidade ferroviária; porque cresceu ouvindo o sopro das locomotivas e os apitos delas e das oficinas da Viação Férrea do Rio Grande do Sul (à qual os iniciados locais referiam-se simplesmente como a Estrada), sentindo o cheiro do carvão de pedra e vendo a passagem das composições pelos trilhos, que, do pátio ferroviário, partiam para o Norte (Linha da Serra), o Leste (Linha de Porto Alegre) e o Oeste (Linha da Fronteira); porque conviveu com a influência que as instituições ferroviárias exerciam sobre a vida política, econômica e social santa-mariense e porque teve e ainda tem vínculos com parentes, amigos, colegas e ex-colegas ferroviários ou oriundos de famílias ferroviárias”.
Na apresentação, o presidente do Instituto Histórico de Passo Fundo, Fernando Miranda, comenta: “Esta é a obra de um autor que escreve sobre o que sabe e, fundamentalmente, sobre o que gosta, ou, mais ainda, escreve a partir de sua paixão pelas ferrovias… Ainda no início do texto, escreve o caro professor Ápio que, se alguém se sentir tocado, por ocasião da leitura e pela recordação de impressões de momentos felizes passados junto a ferrovias, o mais sublime propósito desta obra foi atingido… Quem ler esta obra, sem dúvida, irá concordar comigo: sublime propósito atingido”, finaliza Miranda.
Fonte: Gaúcha Zero Hora